28 de jan. de 2019

Após rompimento de barragem, diretor do DNOCS descarta possibilidade de contaminação do Rio São Francisco na Paraíba

Após o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, que resultou em uma grande quantidade de mortos e desaparecidos, a insegurança sobre a repercussão do caso atinge todos os estados brasileiros. 
No entanto, segundo o diretor do DNOCS na Paraíba, Alberto Batista, é prematuro dizer se o estado será atingido por algum desdobramento do rompimento da barragem em Minas Gerais.
O mar de lama e de rejeitos que foi arrastado nas imediações de Brumadinho chegou até o rio Paraopeba, que banha o estado de Minas Gerais, e é um dos afluentes do Rio São Francisco.
Até mesmo a contaminação do Rio São Francisco, que está sendo cotada a possibilidade remota, poderá não afetar a Paraíba.
 Alberto Batista considera que “a distância é muito grande”, de Minas Gerais até a Paraíba, onde o Rio São Francisco chega através da Transposição. 
“Nós não temos elementos suficientes para dizer se vai afetar”, considera o diretor.
Apesar de descartar a contaminação do rio na Paraíba devido ao arrombamento da barragem de Brumadinho, Alberto Batista reconhece que “o risco existe, é natural que existe, é permanente”.
 Ele ainda explica que os órgãos de controle estão preocupadíssimos com a situação e devem iniciar providências de forma imediata para impedir qualquer repercussão do caso para outros estados.
 “A questão do são Francisco é a administração desse processo e também a conservação das matas ciliares”, destaca o diretor, lembrando que o fato de muitas cidades por onde passa o Rio São Francisco não terem saneamento básico também podem contribuir com a contaminação.


Na Paraíba, existem 39 barragens e a maioria delas é de responsabilidade do Departamento de Obras Contra as Secas (DNOCS). 

De acordo com Alberto Batista, diretor do DNOCS na Paraíba, “todas essas barragens são inspecionadas e monitoradas de seis em seis meses. Temos um controle muito rígido em relação a isso. 
Qualquer anomalia que tenha na barragem, nós detectamos e corrigimos”.

Ele revelou que as barragens na Paraíba apresentam o menor risco estipulado em uma variação que vai dos graus 1 a 3. “Sempre tem um arbusto, uma calha, um enroscamento que está desarrumado, mas nada que prejudique a estrutura da barragem”, detalhou Alberto Batista.

Além disso, ele ainda afirmou que “nossas barragens na Paraíba, inclusive no último relatório que saiu, nós estamos isentos de riscos de rompimento”.

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