Desde a última sexta-feira (05), após a chegada de um circo na cidade de Juru, no Sertão paraibano, um carro de som anuncia apresentações de conhecidos artistas da TV a fim de atrair um número maior de pessoas nos espetáculos. Dentre outros, apresentaram-se em Juru o humorista Martinho Benny, que, no SBT, juntamente com 'Rapadura' e 'Bananinha', fazia o 'Durão' da "Tropa de Malucos", no programa "A Praça é Nossa".
Outro humorista da "Praça", com trinta anos de SBT, que também se apresenta para os juruenses, é Buiu, que, em entrevista ao apresentador Danilo Gentilli, revelou que a mãe era alcoólatra e que teve uma infância difícil e já morou na rua.
Menos conhecido do público, mas também humorista na Record, Tiririca (do programa de Geraldo Luis, na foto com Newmar e Buiu) foi outro que esteve na cidade.
Por si só, no entanto, a chegada de um circo em pequenas cidades do interior continua quebrando a monotonia característica do lugar, num misto de alegria e magia que tomam conta dos seus moradores, principalmente da criançada.
Durante muito tempo, pois, o circo foi considerado uma das poucas formas de diversão e, portanto, não é difícil entender por que a sua chegada nessas cidades representava uma verdadeira festa, provocando excitação, sobretudo nas crianças.
Porém, muito diferente dos circos de antigamente, hoje a molecada já não faz o trabalho de propaganda que consistia em seguir o palhaço pelas principais ruas da cidade para ganhar um ingresso, cantando e anunciando o espetáculo da noite, numa ação chamada de "gritar palhaço", entoada mais ou menos assim:
'Hoje tem circo?', gritava o palhaço à frente, cantando e puxando um coro de crianças que, atrás, respondiam uníssono: 'Tem, sim, senhor...'
'Hoje tem palhaço?, perguntava ele, com as crianças respondendo: 'Tem, sim, senhor...'
'O palhaço o que é?', insistia o palhaço e a meninada respondia: 'Um ladrão de mulher...'
O palhaço, no entanto, hoje já não sai mais às ruas para anunciar o espetáculo, uma vez que esse serviço é feito com a utilização de carros de som. E, de igual modo, já não se faz mais a primeira pergunta que se fazia quando o circo chegava na cidade: 'O palhaço do circo é bom?'
Com piadas consideradas indiscretas e de mal gosto para faixa etária dos nossos pequeninos, muitos dos palhaços de hoje em dia sequer pintam o rosto ou se vestem caracteristicamente como nos bons tempos de antanho - tempos estes que não voltam mais. Fonte: Portal Juru em Destaque
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