Ninguém se perde na volta, repetia o bêbado na porta do bar após pagar a conta como fazia todos os dias após mais um dia de bebedeira.
Cambaleando descia a íngreme ladeira que dava para o quarteirão em que morava em uma casa simples herdada dos pais.
Como trincasse ponto sempre chegava ao bar por volta das oito da manhã e só saia no final da tarde, como os demais colegas de bebedeira.
Naquele dia ele não chegou, no outro não apareceu, no outro não veio e resolveram ir à casa dele saber o que acontecera.
A casa estava fechada, mas um vizinho, sem ninguém perguntar, se apressou em dizer que fora atropelado e estava na UTI do hospital.
E nunca mais frequentou o bar que fechou no dia que os bêbados de carteirinha foram lhe dar o último adeus.
Por;Jesimiel Ferreira
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