11 de dez. de 2021

O ADEUS A MANÉ GATO


 

Um homem de vida simples

Sem diploma e sem mandato,
Foi artista do pincel
Um pintor de fino trato,
De nome Manoel Pereira
Mas aqui nessa ribeira
Se chamava Mané Gato.
Era um cidadão pacato
Igualmente os seus afins,
Nunca soube que na vida
Praticasse coisas ruins,
Com muita espontaneidade
Ganhou aqui na cidade
O galardão dos pantins.
Tinha um que era famoso
Um pantim bem embusteiro,
De carteiras de cigarros
Fazia aquele dinheiro,
Um pacote generoso
E depois cobria manhoso
Com dinheiro verdadeiro.
E no bolso dianteiro
Da sua calça de brim,
Ele chegava no bar
Dizia: cana pra mim,
E pra pagar o corote
Ele arrastava o pacote,
Era esse seu pantim.
Mas hoje chegou ao fim
Sua vida e seu contrato,
Viveu do jeito que quis
Foi feliz no seu formato,
Vai deixar saudade sim,
E toda vez que houver pantim
Vão lembrar de Mané Gato.
Poeta cordelista
Rena Bezerra
11/12/21

Nenhum comentário:

Postar um comentário