3 de nov. de 2020

QUANDO PARECE MAS NÃO É

 Ele parecia ser, tinha jeito de ser, diziam que era, mas não dava ouvidos para os comentários que fingia não ouvi-los nem dava bolas para os que os faziam, e ia levando a vida como podia naquela comunidade onde dava uma de esperto para se dar bem e ir escapando como gás de cozinha, até que descobriram que o carro que andava não era dele, os cartões de crédito que carregava não tinham limite para comprar nada, o apartamento em que vivia morava de favor, mas ninguém podia reclamar dele, de nada, pois nunca disse que tinha nada, não tendo culpa de pela aparência parecer ser uma pessoa de posses, endinheirada, rica, porque sabia que os que boatavam que ele era descobririam que não era, e assim aconteceu.


Jesimiel Ferreira - Jornalista e Professor

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