8 de fev. de 2018

Professora encontra conta enrolada a dinheiro na rua, paga e devolve troco de R$ 10 ao dono

A honestidade da professora Ana Paula Boscardim, de Ivaiporã, na região norte do Paraná, chamou a atenção no Facebook nesta semana. Na rua, ela encontrou uma conta de água e o dinheiro para pagá-la. Sem pensar duas vezes, efetuou o pagamento e avisou na rede social:

 "Vou pagar a conta e deixar o troco no Bazar Boscardim".

 A postagem no Facebook em que ela procura o dono do boleto é de segunda-feira (5). No mesmo dia, graças aos milhares de compartilhamentos, o troco de R$ 10,83 foi devolvido ao dono. Até esta quarta-feira (7), a publicação havia sido compartilhada mais de 32 mil vezes. 

 "Na segunda-feira, fui ao Núcleo Regional de Educação da minha cidade para tirar umas dúvidas do processo seletivo, que eu sou professora PSS, e, a hora que eu estava saindo, encontrei essa fatura enrolada ao dinheiro", lembra. 

 Ana conta que chegou a voltar para o núcleo para tentar achar o dono, mas que não o encontrou.

 "Eu estava apurada, com muita coisa para fazer e sem tempo de procurar mais a pessoa. Aí, paguei porque era um reaviso. Imaginei que podia ser de um pai de família, com criança, ou um idoso. Fiquei preocupada", relata.

Ainda de acordo com a professora, o valor da fatura era o de R$ 69,17, mas havia R$ 80 em dinheiro junto. Foi, então, que a professora decidiu deixar o que sobrou no bazar da família, que é um ponto conhecido na cidade

. "A minha preocupação não era somente pagar e colocar no Facebook. Era porque tinha um troco que não era de centavos. A pessoa podia estar precisando do dinheiro para comprar um leite, um pão. Eu não sabia quem era", explica.

Foi a esposa do dono quem ligou no bazar, logo depois da publicação, para agradecer o ato. "Ela ainda não sabia que eu tinha pago, segunda a funcionária do bazar. Ela disse que eu era um anjo porque, além de achar, me preocupei em pagar", afirma.

Ana Paula diz que não imaginava toda a repercussão do caso. "É um ato simples. Com todos os comentários, que não foram poucos, percebi que nós, brasileiros, estamos carentes de ações humanas, solidárias", acredita. Para ela, viver em uma sociedade que parabeniza por honestidade é um pouco triste.

"É um dever de pessoas de caráter saber o que é e o que não é nosso", finaliza.

Fonte: G1 Noroeste

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