29 de ago. de 2017

Falsa médica é detida pela nona vez não fica na prisão, "ela já atendeu em Juru-PB"

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Por: Geraldo Luiz
Pouca gente sabe, mas aconteceu comigo aqui mesmo em Juru, no Sertão da Paraíba, na madrugada de 24 de janeiro de 2016, quando infartei e fui atendido na unidade hospitalar da cidade por 'uma médica que não era médica'.
Isso mesmo: quem tirava o plantão de um médico que faltara naquela ocasião não havia concluído a graduação e, portanto, jamais poderia estar atendendo uma vez que não dispunha do CRM, documento que a autorizaria ao exercício da profissão de salvar vidas.

Por ela eu fui imediatamente atendido, apesar da mesma se encontrar dormido no repouso médico naquele horário, mas poderia não estar mais aqui para contar esse fato se tivesse aceitado tomar apenas um soro como ela sugeriu dizendo que não se tratava de um infarto.

Como não aceitei o internamento para tomar o soro sugerido, tomei a iniciativa própria de procurar a Unidade de Pronto Atendimento - UPA 24 horas de Princesa Isabel, cujo resultado todos já sabem: constatado o infarto, fui levado para Campina Grande onde fui submetido a um cateterismo, duas pontes de safena e uma mamária. 

Somente alguns dias depois fiquei sabendo que a 'médica que não era médica', que havia me atendido naquela madrugada, tinha sido presa pela Polícia Federal por exercício ilegal da medicina.   

Quanto a falsa médica Renata Teresa Campos dos Santos, presa na última quinta-feira (24), pela Polícia Civil do Distrito Federal, essa foi a nona vez que ela foi detida por exercer ilegalmente a profissão de médica. 

De acordo com o UOL, a mulher não chegou a passar nem uma noite na prisão. Ela foi liberada após assinar um Termo de Comparecimento, que a permite responder em liberdade.

Renata estava em casa quando a polícia chegou na sua residência, após receber denúncias de um casal que pagou R$ 10 mil para que a falsa médica realizasse um procedimento que permitisse à mulher engravidar. Os dois registraram um boletim de ocorrência contra Renata na 19ª DP, em Ceilândia.

A polícia civil apreendeu diversos equipamentos e medicamentos da clínica. Entre eles, um jaleco branco com o nome de Renata e a inscrição “biomédica”. Investigações indicam que ela chegou a cursar até o quarto semestre de biomedicina, mas não concluiu a graduação.

Segundo uma denunciante, a falsa médica também se passava por dentista e chegava a atender pacientes como se fosse especialista em diversas áreas, inclusive no tratamento de câncer.

Renata tem 35 anos e sua primeira passagem pela polícia por exercício ilegal da medicina aconteceu em 2011.

Fonte Portal Juru Em Destaque

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